Mais: qualquer atividade que mantenha o corpo em movimento já oferece proteção à doença
Uma equipe de pesquisadores americanos descobriu uma forma simples de prevenir a depressão: a prática diária de exercícios. De acordo com o estudo, publicado recentemente no periódico JAMA Psychiatry, pessoas fisicamente ativas estão menos propensas a desenvolver a doença. Esse benefício pode ser alcançado mesmo para aqueles que se exercitam por pouco tempo (15 minutos, por exemplo).
“Agora, quando meus pacientes chegam e dizem: ‘Estou começando a me sentir um pouco deprimido e não me sinto o mesmo’, minha primeira prescrição é ‘saía e vá fazer alguma coisa'”, comentou David Agus, principal autor do estudo, ao programa americano CBS This Morning. Para o psiquiatra, mesmo pacientes já diagnosticados com o transtorno podem encontrar na atividade física uma forma de complementar o tratamento.
Para chegar a estes resultados, foram analisados os níveis de exercícios físicos (acompanhados em tempo real ou auto-relatados), a composição genética e o histórico de depressão de 611.583 participantes.
Durante a pesquisa, a equipe do Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos, dividiu os participantes em dois grupos: o primeiro teve os exercícios físicos diários acompanhados por um acelerômetro (equipamento que monitora velocidade e aceleração); já o segundo grupo precisou apenas responder questionários onde relataram os níveis de atividade física realizada por dia. Ao fim do estudo, descobriu-se que as pessoas que se exercitavam mais estavam mais protegidas contra o risco de depressão. No entanto, essa proteção só foi encontrada no grupo monitorado diariamente pelo acelerômetro, o que indica que aquelas que apenas relataram podem não ter se exercitado com tanta frequência quanto afirmaram no questionário.