Dor na região do útero: 5 sinais de que algo não vai bem
05/04/2018

Sentir dor na região pélvica é comum, mas é normal? O que pode indicar um problema sério? Abaixo as 5 doenças mais comuns que causam dor na região do útero.

 

  • Dor no baixo ventre pode ter várias causas, desde prisão de ventre, passando por problemas urinários, até câncer. Devido à diversidade de causas, encontrar o motivo real pode ser um desafio para os médicos, pois requer minuciosa investigação e, às vezes, uma longa espera para a paciente.

  • A maioria das dores tem causas passageiras como uma infecção urinária - tratável com antibióticos, cólicas, gases ou ovulação. Mas, se compromete a qualidade de vida da paciente, tem que ser investigada.

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    O que observar para contar ao médico?

     

  • A dor, como surge? É aguda? Crônica? Vem e passa? É forte? Varia? Impede as atividades? É acompanhada de náuseas ou vômito, febre, corrimento, dificuldade para urinar, inchaço, diarreia ou prisão de ventre? É sentida como queimação? Peso? Fisgada?

  • Atrapalha as atividades cotidianas? Está relacionada ao período menstrual? Está relacionada às relações sexuais?

  • Saber responder a essas questões é importante para ajudar o médico na investigação da causa da dor.

  • Neste artigo, serão descritas algumas doenças do aparelho reprodutor feminino.

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  • Principais doenças que causam dor na região pélvica

  • 1. DIP - Doença inflamatória pélvica -

  • Infecção que se inicia na vagina ou no colo do útero e costuma migrar para o endométrio - tecido que reveste a parte interna do útero, trompas e ovários.

  • Pode ser considerada uma DST, pois é transmissível sexualmente, porém pode estar associada à endometriose, sendo mais atingidas as mulheres jovens e que usam DIU. Suspeite de DIP se junto com a dor você apresenta:

    • Febre acima de 38°C

    • Sangramento vaginal fora do período menstrual

    • Dor durante as relações sexuais

    • Corrimento branco ou amarelado

  • Procure seu médico para investigação e tratamento que será com antibióticos.

  • 2. Endometriose

  • Todos os meses, durante o ciclo menstrual, o endométrio se espessa, para que o óvulo fecundado possa se implantar nele. Se a gravidez não ocorre, o endométrio pode escamar e esse tecido que se solta é expelido com a menstruação. Nas mulheres com fluxo intenso, esse tecido pode ser empurrado para fora do útero através das trompas e cair na cavidade abdominal ou sobre os ovários causando crescimento anormal de tecido do útero fora do mesmo, esse crescimento é chamado de lesão endometriótica. Se não for tratada pode levar a esterilidade.

    • Os sintomas são:

      • Cólicas intensas durante a menstruação

      • Dor forte no baixo ventre durante e fora do período menstrual

      • Fadiga crônica, exaustão

      • Fluxo menstrual intenso ou fora do período

      • Alterações intestinais e urinárias durante o período menstrual (geralmente devido ao inchaço)

      • Dificuldade para engravidar

      • Dor durante a relação sexual

    • É uma doença crônica que necessita de constante acompanhamento médico.

    • 3. Adenomiose

    • É parecida com a endometriose, já que há migração de tecido uterino, porém não para fora do útero, mas para dentro do miométrio que é a camada muscular do próprio útero. Sua causa ainda é desconhecida, mas o problema é que quando a mulher menstrua, esses pedaços de tecido também produzem sangue dentro do músculo, o que irrita a musculatura causando:

      • Dores e cólicas muito fortes

      • Inchaço

      • Aumento do volume e duração do fluxo menstrual

      • Dor na relação sexual

      • Dor ao evacuar ou prisão de ventre

    • O tratamento vai depender da gravidade dos sintomas podendo ir de analgésicos a cirurgia para retirada do útero.

    • 4. Miomas

    • São tumores benignos, ou seja, não cancerosos, que atinge 50% da população feminina entre os 30 e os 50 anos. As causas do surgimento ainda não estão bem esclarecidas. Sabe-se, no entanto, que acomete mais as mulheres afrodescendentes, as que já têm caso de mioma na família e as obesas. O comportamento de tais tumores também é imprevisível, alguns desaparecem após algum tempo, outros se multiplicam e crescem. Podem se desenvolver lentamente ou rapidamente. Em situações mais graves, podem tomar todo o sistema reprodutor e ser necessária a histerectomia radical - retirada de útero, ovários, trompas e cérvix.

    • Existem quatro tipos de miomas: Submucosos, subserosos, intramurais e pediculados.

    • Os sintomas gerais (que aparecem em todo tipo de mioma) são:

      • Dor pélvica

      • Fluxo menstrual abundante

      • Sangramento fora do período menstrual

      • Sangramento com coágulos

      • Hemorragias

      • Incontinência urinária ou dificuldade para urinar

    • Tratamento vai desde uso de hormônios até histerectomia. Depende do estágio da doença.

      • 5. Câncer de útero

      • Diferente do câncer de colo de útero, o câncer uterino não é detectado através do Papanicolau, pois ocorre na parte interna (endométrio) do útero. Acomete mais as mulheres na menopausa, principalmente na menopausa tardia. Seu principal sintoma é o sangramento após a menopausa que pode começar de forma aquosa e ir adquirindo consistência. Procure seu ginecologista, caso aconteça a você que já está na menopausa, o sangramento uterino. Outros sintomas são:

        • Dor pélvica

        • Dor ou dificuldade para urinar

        • Dor durante a relação sexual

      • Neste caso, a recomendação médica é a retirada do útero.

      • Em caso de dor forte, cólicas ou fluxo que afetem a qualidade de vida, ou qualquer desconforto, procure o seu médico. Não há motivo para sofrer por algo que pode ser tratado.

      • Fonte: (sitefamilia.com.br)

 

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